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sexta-feira, 10 de junho de 2011

LUCIO COSTA

Lúcio Marçal Ferreira Ribeiro Lima Costa, nascido em Toulon, na França em 27 de fevereiro de 1902 e falecido no Rio de Janeiro, 13 de junho de 1998, foi um arquiteto, urbanista e professor brasileiro.
Pioneiro da arquitetura modernista no Brasil, ficou conhecido mundialmente pelo projeto do Plano Piloto de Brasília. Devido às atividades oficiais de seu pai, o almirante Joaquim Ribeiro da Costa, morou em diversos países, o que lhe rendeu uma formação pluralista. Estudou na Royal Grammar School em Newcastle, no Reino Unido, e no Collège National em Montreux, na Suíça.
Retornou ao Brasil em 1917 e, mais tarde, passou a frequentar o curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, que ainda aplicava um programa neoclássico de ensino. Apesar de praticar uma arquitetura neoclássica durante seus primeiros anos (defendendo em certos momentos uma arquitetura neocolonial), rompeu com essa formação historicista e passou a receber influências da obra do arquiteto franco-suíço Le Corbusier.
Iniciou parceria com o arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, que construiu a primeira residência considerada moderna no Brasil. Em 1930, nomeado ministro da Educação e Saúde o jurista Francisco Campos, chamou para seu chefe de gabinete Rodrigo Melo Franco de Andrade de grande influência entre os modernistas de São Paulo e Rio de Janeiro. Por indicação deste, foi nomeado para dirigir a Escola Nacional de Belas Artes, o jovem arquiteto Lúcio Costa, com a missão de renovar o ensino das artes plásticas e implantar um curso de arquitetura moderna.
Alterações introduzidas por Lúcio Costa mudaram a estrutura e o espírito do salão anual. Apareceram pela primeira vez na velha escola, ao lado dos antigos frequentadores, artistas ligados à corrente moderna, na sua maioria vindos da capital paulista. A trigésima oitava Exposição Geral (1931), foi por isso chamada de Salão revolucionário.
Entre os alunos da renovada escola de arquitetura estava o jovem Oscar Niemeyer. Sabendo da importância de sua geração na mudança dos rumos culturais do país, Costa convenceu Le Corbusier a vir ao Brasil em 1936 para uma série de conferências (enquanto colaborava no projeto da sede do recém-criado Ministério da Educação e da Saúde Pública). A arquitetura moderna do projeto ia ao encontro dos objetivos da ditadura Vargas, ao passar ares de modernidade e progresso ao país. Costa, embora convidado a projetar o edifício sozinho, preferiu dividir o projeto com uma equipe que incluía o seu antigo aluno Oscar Niemeyer e os seus sócios Carlos Leão, Ernani Vasconcellos, Jorge Moreira e Affonso Eduardo Reidy. Em 1939 foi co-autor do pavilhão brasileiro para a Feira Universal de Nova Iorque juntamente com Oscar Niemeyer e Paul Lester Wiener.
Em 1957, ao ser lançado o concurso para a nova capital do país, Costa enviou ideia para um anteprojeto, contrariando algumas normas do concurso. Apesar disso, venceu por quase unanimidade (apenas um jurado não votou nele), sofrendo diversas acusações dos concorrentes. Desenvolveu o Plano Piloto de Brasília e, como Niemeyer, passou a ser conhecido em todo o mundo como autor de grande parte dos prédios públicos.
O projeto de Lúcio Costa punha em prática os conceitos modernistas de cidade: o automóvel no topo da hierarquia viária, facilitando o deslocamento na cidade, os blocos de edifícios afastados, em pilotis sobre grandes áreas verdes. Brasília possui diretrizes que remetem aos projetos de Le Corbusier na década de 1920 e ainda ao seu projeto para a cidade de Chandigarh, pela escala monumental dos edifícios governamentais. A cidade de Lúcio Costa também possui conceitos semelhantes aos dos estudos de Hilberseimer. Veja o relatório encaminhado por Lúcio Costa á Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Após Brasília, recebeu convites para coordenar vários planos urbanísticos, no Brasil e no exterior.
Foi colaborador e diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Faleceu na capital fluminense, onde residiu a maior parte da vida. Deixou duas filhas, Maria Elisa Costa, arquiteta, e Helena.Suas principais obras foram:
1936 – Projeto do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde Pública, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, com equipe de arquitetos cariocas;
1937 – Projeto para o museu em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; Projeto para rampas do outeiro da Glória, no Rio de Janeiro;
1939 – Pavilhão do Brasil na Feira Internacional de Nova York; Residência Hungria Machado (atual consulado da Rússia), no Rio de Janeiro Casa de veraneio do barão de Saavedra, em Petrópolis;
1944 – Park Hotel São Clemente, em Nova Friburgo; Parque Guinle, em Laranjeiras, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro;
1952 – Projeto da Casa do Brasil, na Cité Internationale Universitaire de Paris de Paris;
1956 – Sede social do Jockey Club do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro;
1957 – Brasília, a capital brasileira e um dos marcos do urbanismo do século XX;
1967 – Barra da Tijuca, plano piloto da expansão da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro.

Fonte: http://hotelrafael.wordpress.com/2011/02/22/lucio-costa/

quinta-feira, 9 de junho de 2011

RUY OHTAKE

Nasceu em São Paulo em 1938. Formou-se em arquitetura pela Universidade de São Paulo em 1960. É reconhecido tanto no cenário nacional, como no internacional, como um dos proeminentes arquitetos, cuja obra tem sido referência, além de motivo de estudos e análises para trabalhos de graduação e pós-graduação de estudantes brasileiros e europeus. São suas características, a exuberância criativa, a vontade de inovar, acreditando na contemporaneidade, como fator artístico, arquitetônico e urbano. A presença de sua obra no espaço urbano é marcante, podendo ser facilmente reconhecida. Consequentemente, ela é apreciada não só por arquitetos, professores e intelectuais, mas por pessoas das mais diferentes origens e formações. As questões urbanas e sociais estão presentes em preocupações e formulações de projetos. Sua trajetória inclui vários trabalhos com esse enfoque. Foi vencedor de diversos concursos de arquitetura, além de receber importantes prêmios, que se constituem em um reconhecimento de suas propostas,valorizando a arquitetura e a cultura nacionais, manifestações que se tornaram muito significativas nos últimos 50 anos. Sobre suas obras foram editados livros e ensaios, com textos elaborados por estudiosos, críticos e historiadores e professores de arquitetura, além de jornalistas especializados no cotidiano urbano.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Lina Bo Bardi

Arquiteta brasileira de origem italiana (1914-1992). É responsável por inovações estéticas importantes na arquitetura nacional, entre elas o desenho arrojado, o uso de novos revestimentos, como concreto ou tijolo aparentes, e a exposição de fiações e conexões.
Nasce em Roma e forma-se em arquitetura em 1946. Vem para o Brasil em seguida, acompanhando o marido, Pietro Maria Bardi, convidado para dirigir o Museu de Arte de São Paulo (Masp). Entre 1955 e 1959 desenha móveis e dá aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Nos dez anos seguintes encarrega-se do projeto e da construção da nova sede do Masp, totalmente estruturada em concreto e vidro sobre um vão livre de 70 metros de altura, o maior do mundo na época. A partir dos anos 70 participa de vários planos de restauração de prédios históricos em Salvador, além de desenhar o Museu de Arte Moderna da Bahia.
Em 1977 torna-se a pioneira da "arqueologia industrial" no Brasil ao iniciar a restauração de uma antiga fábrica do início do século em São Paulo, transformando-a em centro cultural e esportivo - o Sesc Fábrica da Pompéia. Morre em São Paulo.